Reportagem Crise Hidrica Beleza
Setor de cuidados estéticos passa por obstáculos com produção e serviços em São Paulo
O estado de São Paulo enfrenta a pior crise hídrica nos últimos 84 anos, segundo o Ministério do Meio Ambiente no Brasil. Com níveis alarmantes, os principais reservatórios de água do estado interferem diretamente na vida dos paulistas. Com riscos de racionamento, a indústria da beleza sente os impactos dessa escassez.
Apesar de hoje o sistema Cantareira estar em um nível estável, operando com 19,8% de sua capacidade (considerando as duas cotas do chamado “volume morto”), os reservatórios ainda estão em situação crítica, já que a estação chuvosa terminou com apenas a segunda cota desse volume recuperada.
A água é um solvente natural, sendo assim, é matéria prima para a fabricação de diversos cosméticos. Xampus e hidratantes levam em sua composição entre 35% e 80% de água.
Segundo Gerald Vincent, diretor de EHS (meio ambiente, saúde e segurança) da L´Oréal na América Latina, a empresa não considera reduzir ou parar as produções. A companhia – com sede no Rio de Janeiro e em São Paulo – diminuiu 44% de água em seus produtos finais. Com cinco milhões de litros de água necessários para uso em um mês, uma das alternativas foi a captação de cerca de 80% dessa quantia de poços artesianos. Além de reutilizar a água sem resíduos da produção dos cosméticos, para a limpeza do chão da fábrica e nas descargas dos banheiros.
Entretanto, só a fabricação dos produtos não é o único sufoco enfrentado pelo setor. Com sete unidades na cidade, o salão Studio W incentiva que seus profissionais pratiquem o corte a seco, aonde as clientes já chegam aos salões com os cabelos lavados. “Fazemos nosso máximo, mas não podemos impor nada as clientes”, diz Wanderley Nunes.
Alternativa
A falta de água acabou tendo um reflexo positivo no desempenho das empresas de xampu a seco. Ele pode ser usado em todos os tipos de cabelo e deve ser