René descartes
René Descartes nasceu em 1596 em La Haye em um povoado de Touraine, numa família nobre e faleceu 1650 em Estocolmo vítima de pneumonia. De 1604 a 1614 estudou no colégio jesuíta de La Fléche, onde apesar de apreciado pelos seus professores, se declarou decepcionado com o ensino que lhe foi ministrado. Descartes dizia que a filosofia escolástica não conduz a nenhuma verdade e que só as matemáticas demonstram o que afirmam. O método utilizado por descartes é inspirado no rigor matemático e em suas longas “cadeias da razão”. A primeira regra é a evidência, que consiste em não admitir uma coisa como verdadeira se você não a reconhece evidentemente como tal. A segunda regra é a da análise, que consiste em dividir uma dificuldade no número de parcelas que for possível. A terceira regra é a regra da síntese, que consiste em concluir os pensamentos mais simples e fáceis primeiro, para aos poucos, ascender, a outros mais complexos, ou seja, cada passo representa um degrau nesse processo, onde os primeiros são os mais simples. A quarta e última regra é a dos desmembramentos, ou seja, desmembramentos tão complexos a ponto de ter certeza de que nada foi omitido. A razão pela qual esse método se tornou tão importante foi porque nos séculos posteriores viram nele uma manifestação do livre exame e do racionalismo. No famoso Discurso sobre o método, Descartes pensou acima de tudo na ciência e para entender a sua Metafísica, é necessário entender as Meditações. Descartes sempre iniciava seu itinerário espiritual com a dúvida. Descartes duvida voluntariamente e sistematicamente de tudo, desde que possa encontrar um argumento, por mais frágil que seja. Porém existe uma coisa da qual Descartes declara que não pode duvidar, nas palavras de Descartes “Nenhum objeto de pensamento resiste à dúvida, mas o próprio ato de duvidar é indubitável. Nesse nível, entretanto, nesse momento de seu itinerário espiritual, ele só tem certeza de seu ser, ou seja, de seu ser