Renga a haikai

SUZUKI, Teiiti. De Renga a Haicai. Estudos Japoneses, n.1. São Paulo, Centro de Estudos Japoneses da Universidade de São Paulo, 1979, pp. 91-125.

SUZUKI, Teiiti. Basho e sua Poética. Estudos Japoneses, n.2. São Paulo, Centro de Estudos Japoneses da Universidade de São Paulo, 1982, pp. 41-47.

DE RENGA A HAICAI:
Resenha superficial do texto de Teiiti Suzuki

PALAVRAS-CHAVE: Katauta. tanka. renga. hacai. Matsuo Basho.

KEYWORDS: Katauta. tanka. renga. hacai. Matsuo Basho.

Grande beneficiador da comunidade nipônica no Brasil, Teiiti Suzuki nasceu em Hyogo, Japão, no ano de 1911. Em 1929, aos 16 anos, veio se aventurar em terras brasileiras, no ano seguinte convenceu toda sua família a desembarcar no país. A jornada ascendente inclui a publicação de dois livros no Japão que continham o recenseamento da colônia no Brasil, inclui também a atuação frente ao então presidente Getúlio Vargas para o desbloqueio de bens dos imigrantes japoneses após a segunda Guerra Mundial. Em 1968 foi convidado a exercer cargo de professor da Universidade de São Paulo – USP. No mesmo ano fundou o Centro de Estudos Japoneses (CEJAP – USP) instalado hoje na Casa de Cultura Japonesa. A casa possui a biblioteca Teiiti Suzuki, maior acervo de estudos japoneses da América Latina. Em “De renga a haicai” o professor aprofunda o estudo da mutação da poesia japonesa até chegar na forma comumente conhecida como haicai. As primeiras formas poéticas aparecem nos diálogos cantados entre moças e moços, simulando declarações amorosas em tom lírico e cômico. Desse divertimento popular denominado katauta surge uma forma derivada de poesia: o tanka. Suzuki retira o seguinte conceito do Padre João Rodrigues:

Este verso ou dístico consta como digo de dous/versos: o primeiro se chama Camnocu, o qual tem três pes, o primeiro de cinco syllabas, o segundo de sete, e o terceiro de cinco. O segundo verso se chama Ximonocu que tem dous pes, cada hum