Renata
A obra e a personalidade romântica de Byron tiveram, no início do século XIX, grande projeção no panorama literário europeu e exerceram enorme influência em seus contemporâneos, por representarem o melhor da sensibilidade da época, conferindo-lhe muito de sedução e elegância mundana.
George Gordon Noel Byron nasceu em Londres em 22 de janeiro de 1788. Em 1798 herdou o título nobiliárquico do tio-avô William, tornando-se o sexto Lord Byron. Ainda estudante em Cambridge, publicou seu primeiro livro de poesia, Hours of Idleness (1807; Horas de ócio), mal recebido pela crítica da prestigiosa Edinburgh Review. Byron respondeu com o poema satírico English Bards and Scotch Reviewers (1809; Bardos ingleses e críticos escoceses). Aos 21 anos ingressou na Câmara dos Lords, partindo pouco depois em viagem pela Europa e o Oriente Médio.
Ao voltar à Inglaterra, em 1811, publicou os dois primeiros cantos de Childe Harold's Pilgrimage (1812; Peregrinação de Childe Harold), longo poema em que narra as andanças e amores de um herói desencantado, ao mesmo tempo em que descreve a natureza da península ibérica, Grécia e Albânia. A obra alcançou sucesso imediato (entre 1812 e 1819 saíram 11 edições em inglês, além de várias traduções), e sua fama se consolidou com outros trabalhos, principalmente The Corsair (1814; O corsário), Lara (1914) e The Siege of Corinth (1916; O cerco de Corinto). Nesses poemas, de enredos exóticos e apesar das irregularidades, Byron confirmou seu talento para a descrição de ambientes.
Em 1816, o pedido de divórcio de Lady Byron (Anne Milbanke), após um ano de casamento, escandalizou a sociedade inglesa, que o associou aos rumores de incesto do poeta com sua meia-irmã Augusta Leigh, e Byron resolveu deixar a Inglaterra.
Na Suíça escreveu o canto III de Childe Harold's Pilgrimage (1816), The Prisoner of Chillon (1816; O prisioneiro de Chillon) e o poema dramático Manfred (1817), enigmático e demoníaco. Em Genebra viveu com Claire Clairmont