renascimento
Itália foi o marco de um novo conceito de beleza, desenvolvendo também novas tendências artísticas, literárias, científicas e principalmente estéticas.
O Renascimento herdou uma desconfiança fundamental do corpo, da sua natureza efémera, dos seus apetites perigosos e das suas inúmeras fraquezas.
A Europa do século XVI viria a caracterizar-se tanto por uma vaga de puritanismo e de vergonha em relação ao corpo, à sua aparência e à sexualidade, como viria a celebrar-se pelo seu culto da beleza e pela redescoberta do nu.
Nesta época, a mulher decidiu sair da obscuridade e revelar-se mais, visto que na Idade Média, muito pouco podia fazer, decidiu agora vir com novas exigências, principalmente a nível do seu aspecto.
Higiene – Banhos O asseio e a higiene pessoal são conceitos relativos que sofreram uma transformação radical entre os finais da Idade Média e o século XVIII. Dependendo outrora de banhos regulares e do luxo das saunas, a higiene corporal veio nos séculos XVI e XVII a transformar-se numa questão a que a água era alheia, e onde a limpeza da roupa branca substituía a limpeza da pele.
O Renascimento italiano pode ter sido responsável pela divulgação em toda a Europa, dos ideais clássicos de perfeição física e espiritual, assim como de uma reabilitação neoplatónica do amor e da beleza, mas foi igualmente na península italiana que o duplo flagelo da peste e da sífilis atingiu o resto da Europa, provocando o encerramento da maior parte dos banhos e a rejeição da água na higiene corporal.
O receio da água deu origem a uma série de substitutos, tais como os pós e os perfumes, que criaram uma nova base de distinção social. Mais do que nunca, a limpeza passou a ser prerrogativa dos ricos.
Passou também, a ser dada mais atenção às partes do corpo que se apresentavam descobertas, como a cara e as mãos, sendo então a água utilizada para a sua higiene.
Mas no geral, ainda no século XVI, a preocupação com a higiene