Renascimento
Como sabemos a Renascença manifestou-se primeiro nas cidades italianas, de onde se difundiu para todos os países da Europa Ocidental. Mas em nenhum deles o movimento apresentou tanta expressão quanto na Itália. A Itália foi o berço do renascimento devido à grande atividade econômica desenvolvida na península itálica no mar mediterrâneo no final da idade média. Essa intensa atividade econômica (sobretudo com o Oriente) gerou um grande fortalecimento da burguesia, que desenvolveu a atividade do mecenato, protegendo e financiando novos artistas.
Esta dinâmica da burguesia italiana, sobretudo em Florença onde a família Médici deu grande incentivo às artes, foi muito importante para o desenvolvimento artístico renascentista.
Além da estreita conexão entre fatores econômicos, sociais e políticos que explica o Renascimento, é preciso destacar a presença da Antiguidade Greco-Romana em solo italiano. Tudo que os renascentistas necessitavam estavam ali, ao alcance do artista e do intelectual; e não eram apenas os monumentos, as construções e a produção escultórica, mas também as obras literárias da Antigüidade. Esse fato importante fortaleceu o desenvolvimento artístico e cultural na Itália. Grande parte das características da arte grega e romana foi resgatada pelos artistas italianos na fase do Renascimento. A Itália foi à sede do Império Romano do Ocidente, existindo, ainda, nessa região uma série de elementos preservados da Antiguidade, como, por exemplo, alguns monumentos arquitetônicos da Roma Antiga.
Devemos ainda citar a influência que a civilização bizantina exerceu no início do Renascimento Italiano. Na qualidade de depositários da tradição greco-romana, os bizantinos vinham transmitindo parte desse legado aos italianos, graças aos intensos contatos comerciais entre os dois povos. A contribuição bizantina para o Renascimento Italiano ganhou maior força quando os turcos otomanos tomaram Constantinopla (1453), o que