Renascimento
Vestuários x tecidos da época
A moda nunca foi tão democrática quanto atualmente, durante séculos, o vestuário respeitou limites de classes sociais, hierarquias, profissões e sexo. Era como um sistema de castas onde cada um somente vestia conforme o seu papel social.
Leis suntuárias descrevia o que era permitido vestir, assim plebeus não podiam se trajar como nobres assegurando-lhes a distinção de classes de uma maneira ostensiva. Durante muitos séculos as classes subalternas ficaram de fora do círculo da moda.
No século XIII e XIV um processo de enriquecimento da Europa houve o fortalecimento do comércio e as atividades mercantis começaram a se desenvolver, surge um novo estrato social, a burguesia. Este burguês, novo rico quer se parecer ao máximo com a nobreza e investe em aparência, usando tecidos caros e jóias. Neste momento na França, Espanha e Itália vem o troco da nobreza com a multiplicação das leis suntuárias alegando o "esbanjamento" de metais preciosos e gastos indevido com produtos importados, mas no fundo era uma tentativa de "colocar cada um no seu lugar" novamente. Mas a imitação do vestuário nobre continuo à medida que a classe média foi surgindo juntamente com a burguesia: advogados, pequenos comerciantes, enfim os "pequeno burgueses".
Na metade do século XIV uma grande revolução acontece, eis que definitivamente surge a moda. Homens e mulheres passam a se vestir de maneira diferente, adquirindo cada qual novas formas.
Os homens começam a usar o gibão, um espécie de colete curto acolchoado na frente e apertado para realçar o peito, acabava na altura dos quadris e era usado com um cinto. Sobre o gibão vestia-se uma sobretúnica, decotada, justa e abotoada na frente, com borlas enfeitadas e mangas amplas.
A "beca" também era um traje característico da época, era ajustada nos ombros e caia solta, presa por um cinto, o comprimento era variado (mais comprida para cerimônias especiais) e as mangas amplas, a gola era alta