Renascimento Nos séculos XV e XVI a Itália conheceu um extraordinário desenvolvimento cultural que , posteriormente, alcançou outras regiões da Europa Ocidental, e que é conhecido como “Renascimento”. A expressão ambígua(vários sentidos) , pois dá a entender que no período anterior ( a Idade Media) a vida cultural estivera ausente, o que não corresponde absolutamente à verdade. Sabe-se , hoje que a produção artística, literária e filosófica medieval foi extraordinária e, portanto, não se pode utilizar a expressão “Renascimento” com o sentido de um “nascer novo”. As razões para esse desenvolvimento cultural encontram-se fundamentalmente nas novas condições sócio-econômicas da Europa no período de transição do Feudalismo ao capitalismo. O desenvolvimento urbano, comercial e burguês foi poderoso estímulo para a produção intelectual. O humanismo é outro importante elemento que contribuiu para o Renascimento, ao lado da proteção dada pelos ricos burgueses aos artistas, fenômeno que se convencionou chamar de mecenato. O humanismo, num primeiro momento, designava os elementos que buscavam reformar os currículos das universidades, até então essencialmente preocupadas com as disciplinas teológicas. Procuravam incluir estudos de matemática, história, línguas e filosofia. Posteriormente, o termo Humanismo passou a designar aqueles que procuravam criticamente analisar as condições sociais em que viviam, confrontando-as com as do período feudal, a partir de uma nova visão do homem, individualista, cheio de vontade, impulsionador do progresso. O traço característico do Renascimento foi a consciência de que se vivia um novo tempo, (daí a idéia de “nascer de novo”) bastante distinto do mundo medieval. Assim, opunham o antropocentrismo (homem centro) ao teocentrismo (Deus centro); o individualismo ao coletivismo; o racionalismo à tradição; o hedonismo (busca de prazer) ao ascetismo(negação do desejo físico) e misticismo(crença sobrenatural) medieval. A oposição aos