Renascimento e Classissismo
No centro da transformação intelectual renascentista encontra-se a passagem de uma mentalidade teocêntrica (que colocava Deus no centro da reflexão humana) a uma mentalidade antropocêntrica (que via o homem como centro). Esta proposta correspondia a um reconhecimento e a uma crença optimista nas capacidades e no valor do ser humano, contrapondo-se à visão medieval do mundo.
O termo Renascimento está ligado ao facto de, neste período, os eruditos europeus terem voltado a sua atenção para as grandes obras da antiguidade clássica, que acreditavam terem sido esquecidas durante a Idade Média. Nelas encontravam as raízes das questões básicas que pretendiam responder alguns dos seus problemas. As obras clássicas eram também modelo para as obras que pretendiam criar.
Em Portugal, a difusão do humanismo foi fomentada pelo envio de bolseiros a outros pontos da Europa e pela vinda de estrangeiros a Portugal, apesar da difusão dos ideais renascentistas ter sido dificultada pela Inquisição, instituída em Portugal em 1537.
RENASCIMENTO EM PORTUGAL
O Renascimento em Portugal estende-se de meados do século XV a finais do século XVI. No nosso país, o Renascimento, para além do seu cunho próprio, nasce, principalmente em termos artísticos, da mistura do estilo gótico final com as inovações do século XV.
A subida ao trono do Mestre de Avis marca o início de uma nova época em Portugal. Novas perspectivas na evolução social, económica, política e cultural estavam em curso e marcariam o início de um novo período histórico, cultural e artístico que irá caracterizar o Renascimento em Portugal. Intensificaram-se os contactos com a Europa, o que proporcionou a Portugal receber as maiores influências dos