Musicalizaão - por A. Brabdão

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TEORIA MUSICAL
Ritmo
por Adriano Brandão, em 14/09/2003

Quem nunca batucou em uma mesa, numa caixinha de fósforos ou mesmo no próprio corpo? Esse batuque, tão comum a todos nós, é a prova de que o ritmo é o mais natural dos elementos musicais. O nosso organismo, por exemplo, trabalha de forma ritmada: as batidas do coração, a respiração, as piscadelas dos olhos... enfim, os movimentos do corpo, em grande parte, são exemplos de ritmos básicos.

Até hoje se discute se a música surgiu para acompanhar a dança ou se a dança surgiu pelo estímulo da música. Porém em ambos está presente o ritmo. De qualquer forma, desde muito cedo o homem começou a criar ritmos diferentes para tornar mais atraentes as suas danças. E mais e mais variantes rítmicas foram sendo criadas, e sua complexidade aumentava. Portanto, o ritmo já era algo bastante desenvolvido quando da criação da escrita musical, no século X.

Obviamente, a partitura, quando foi criada, não estava tão desenvolvida quanto o ritmo. Pior ainda: não havia nenhum tipo de notação rítmica no sistema recém-criado. Até meados do século XI, só se compunha canto gregoriano, cujo ritmo era o da prosa, ditado pelo sentido das palavras que os monges entoavam. Assim, não havia mesmo necessidade de se escrever os ritmos.

Apenas a partir de 1200 que surge a barra de compasso. O que hoje parece prosaico, naquela época foi revolução. O simples risquinho permitiu com que os ritmos fossem anotados, independentemente das palavras ou do que mais fosse. As conseqüências disso foram enormes e se expandiram muito além das fronteiras do ritmo.

Métrica
Mas como que as tais barras de compasso funcionam? Antes de vê-las em funcionamento, vamos dar uma olhada nos valores das notas. Valor de uma nota é a sua duração, isto é, o tempo que ela dura. O sistema de durações é baseado na nota inteira, chamada de semibreve. Quando uma música é escrita, o compositor indica qual a duração da semibreve. Essa indicação geralmente não é

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