Renascentista
O novo modelo de projeção estabelecido no início do século XV se aplica teoricamente a todo gênero de objetos, desde os artefatos menores à cidade e ao território. Mas na prática o novo método não consegue produzir grandes transformações nos organismos urbanos e territoriais
-a expansão demográfica e a colonização do continente europeu estão euxaridas depois da metade do século XIV;
-não há necessidade de fundar novas cidades ou aumentar em larga escala as já existentes;
-os governos renascentistas não têm a estabilidade política e os meios financeiros suficientes para realizar os programas longos e comprometidos;
-os artistas trabalham individualmente e perdem contato com as organizações coletivas que garantiam a continuidade dos empreendimentos de construção e urbanísticas medievais.
Deste modo, a arquitetura da renascença realiza seu ideal de proporção e de regularidade em alguns edifícios isolados, e não está em condição de fundar ou transformar uma cidade inteira. Os literatos e os pintores descrevem ou pintam a nova cidade que não se pode construir, e que permanece, justamente, um objetivo teórico, a cidade ideal.
Na prática, os príncipes renascentistas e seus arquitetos intervêm no organismo de uma cidade medieval já formada, e a modificam parcialmente, contemplando os programas que ficaram inacabados no século XIV, ou introduzindo novos programas mais ou menos ambiciosos, que quase sempre se mostram desproporcionais e irrealizáveis Florença é um exemplo: obras do século XV se inserem coerentemente no organismo projetado no final do século XIII.
Pienza
Em 1459, o Papa Pio II resolve reconstruir o seu burgo natal como residência para si e para sua corte. Em seu séquito, está presente o arquiteto Alessandro Alberti e o Papa ouve seu conselho ao definir o programa de construção e escolher os projetistas
Papa Pio II
O pequeno burgo medieval se encontra no cume de uma colina,