Religião medieval
Como a religião se manifestava numa estrutura, não necessariamente numa experiência de Deus, todos deviam seguir as normas e diretrizes da Igreja. Para o medieval, seguir os ensinamentos da Igreja era o mesmo que seguir próprio Deus.
Contudo, é bom relembrar que o homem mantinha firme sua postura, boa ou má. Logo, se existiam aqueles que viviam em tudo a verdade da religião católica, havia também os que se mantinham à distância. Desta forma, naquela época, surgem muitas heresias que colocavam constantemente a Igreja em posição desconfortável.
Uma forma de acabar com os inimigos da fé estrutural foi a criação do Tribunal da Santa Inquisição. Este tribunal tinha dever de defender a fé católica de todo tipo de profanação ou heresia. Assumindo a sagrada escritura e a tradição como base de seu pensamento, o tribunal caçou e levou muitos homens à fogueira, simplesmente por divergirem do pensamento reinante ou por apresentarem algo novo à sociedade.
Por outro lado, a vida mística era muito forte. Todos tinham a possibilidade de encontrar, por meio da religião, um sustento para manter o equilíbrio da vida. Quem assumia a religião fazia um processo onde o homem se moldava, numa busca de ser sempre melhor, se preparava para assumir a existência e se descobria enquanto ser no mundo. Quem assumia a religião estava disposto a uma radical mudança de vida, disposto a um encontro íntimo, disposto a uma verdadeira vivência de normas, na qual a mais importante era a obediência a Deus.
A religião era “digna de ser imitada”, pois imitar não é simplesmente repetir, mas é um seguimento, fazer um caminho sob os passos de alguém que já o fez. Seguir