Religião afro
Resumo
Esse artigo tem por objetivo explicitar como a Arte Africana tradicional é vista no ocidente, no intuito de desconstruir algumas concepções que perpassam gerações e torna-se presentes ainda hoje, priorizando, sobretudo, a arte da região de Ifé. Partindo de uma breve discussão acerca do próprio conceito de arte no tocante à África, torna-se a arte de Ifé como estudo de caso. Palavras-chaves: Arte- africana; Ifé ; pluralidade
Abstract:
This article aims to work as a primordial African Art is problematized and seen especially in the West, trying to deconstruct that some conceptions that have crossed generations and become present today with force, prioritizing above all the art of Ife region. In addition, of course to do before a brief discussion about the very concept of art in relation to Africa.
INTRODUÇÃO
O presente trabalho objetiva trabalhar a arte na África considerando sua pluralidade, pois, destacando em um segundo momento como a arte de Ifé se diferencia da africana em geral. Como afirma Bastide “não existe uma arte Africana: existem artes africanas.” (BASTIDE, 2002, p.85) Sabe-se que os estudos ocidentais sobre a arte desse continente tiveram sua efervescência no começo do século XX, pois até então se vivia em um inebriante eurocentrismo, especialmente no campo das artes. Dilma Silva questiona sugere que é que esse olhar etnocêntrico de quem estava pesquisando acabou retardando o reconhecimento dessa arte como de boa qualidade e destaca esse interesse, a priori, como “modismo”, considerava, na verdade a arte africana “exótica”. A autora ressalta que esse interesse estava pautado principalmente em conhecer os costumes da África através da arte e usa-la como instrumento de dominação.