Relações interpessoais e tecnologia
A tecnologia é ainda considerada, por alguns autores, uma amarra ao desenvolvimento das relações humanas e isolamento do indivíduo. A vida moderna é, para estes, espelho da deterioração tanto da relação como dos valores humanos. O isolamento cresce paralelamente ao sofrimento e opressão e frieza da tecnologia.
De acordo com Dimitrius e Mazarella[1]o contacto que a tecnologia nos permite com pessoas do outro lado a cidade, país ou o mundo perde muito do seu valor por não ser pessoal. Os mesmos avanços que nos permitem um acesso facilitado aos outros, fizeram com que as conversas face-a-face sejam cada vez em menor número relegando à palavra um papel estéril e gerada electronicamente, sem o benefício de ver a pessoa ou falar directamente com ela.
A verdade é que o avanço das tecnologias de informação e comunicação fez surgir novas formas de interacção humana. Este desenvolvimento superou limites impostos, anteriormente, pelo espaço e pelo tempo e isso, trouxe, de facto implicações para a comunicação interpessoal.
O anonimato da sociedade moderna e a busca por novos vínculos de solidariedade foram aspectos fundamentais no desenvolvimento de comunidades virtuais e de uma esfera social “digital”. Esta comunicação que se desenvolve supera a dimensão de conveniência/eficiência para se tornar uma necessidade e uma nova forma de dimensão social onde são superados os limites convencionais do tempo, espaço mas também de certas barreiras psicológicas intrínsecas ao indivíduo. A liberdade alarga-se, a possibilidade de relações sociais cresce e rompem-se, aparentemente, os vínculos de classe e origem. O imaginário e o intelecto impõem-se ás relações físicas. Em ferramentas como os chats encontram-se pessoas das mais variadas classes, valores e origens. Extrema-se, agora mais facilmente, a