relações economicas na idade media
Estudo do comportamento de consumo de álcool na adolescência ISABEL TRINDADE (*)
RITA CORREIA (*)
1. INTRODUÇÃO
Os adolescentes bebem por inúmeras razões e o beber pode levar, por vezes, ao abuso e à dependência de álcool.
O consumo excessivo de álcool nos jovens, à semelhança do que acontece com as populações adultas, é responsável por diversos problemas, não só ao nível da saúde, como também ao nível socio-cultural (por exemplo, do rendimento escolar e da adaptação social).
O consumo de álcool, para além de poder influenciar de forma directa, a médio e a longo prazos, a saúde física e mental, pode relacionar-se, a curto prazo, com a diminuição do rendimento escolar e com comportamentos de risco para a saúde (nomeadamente no âmbito de comportamentos sexuais de risco e de comportamentos de risco na condução de veículos motorizados).
O domínio dos estudos sobre o álcool não é uma área nova da investigação psicológica. Nos
últimos 50 anos tem sido elaborada uma vasta literatura sobre o alcoolismo. Todavia, só mais recentemente é que se tem manifestado um interesse crescente pelo consumo excessivo de álcool na adolescência. Este interesse não se pode dissociar do facto de, no nosso país, tal como acontece em muitos outros, professores e educadores referirem que os adolescentes consomem álcool com cada vez maior frequência. Sendo assim, parece-nos ser de toda a importância o debruçar sobre este tema, incluído num dos variados temas das acções de educação para a saúde que, no âmbito de Saúde Escolar, foram desenvolvidos no Centro de Saúde da Parede, em colaboração com o ISPA, no ano lectivo de
1995/96, e cujo fim último é a intervenção e a prevenção. Tendo em conta que para a prevenção ser eficaz é essencial conhecer-se a população a que se pretende dirigir, o estudo que apresentamos não é mais que uma primeira fase de um trabalho mais vasto que actualmente ainda decorre no Centro de Saúde da Parede.
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