RELAÇÕES DE GÊNERO NA COMUNIDADE RANCHARIA: o trabalho das mulheres na agricultura familiar
Lívia Aparecida Pires de Mesquita
Mestre em Geografia, Universidade Federal de Goiás/Campus Catalão,
Núcleo de Estudos e Pesquisas Socioambientais (NEPSA/UFG). E-mail: liviap.msqt@gmail.com
Estevane de Paula Pontes Mendes
Drª. do Departamento de Geografia, Universidade Federal de Goiás/Campus Catalão. Núcleo de Estudos e Pesquisas Socioambientais (NEPSA/UFG). E-mail: estevaneufg@gmail.com
Resumo: Resumo: Agricultura familiar é um conceito utilizado para caracterizar as unidades de produção rural, estruturadas no trabalho familiar, que se identificam pela relação entre terra, trabalho e família. Os(as) agricultores(as) familiares têm como uma das principais características o controle da família sobre os meios de produção, sendo que esta é a principal responsável pela efetivação do trabalho. No entanto, a relação de gênero presente no meio rural atribui papéis diferenciados para cada um dos sexos. Às mulheres é reservada a esfera do doméstico, e aos homens o papel de provedores das famílias. Essa divisão do trabalho causa a ‘invisibilidade’ do papel feminino na agricultura familiar, já que seu trabalho na esfera doméstica não gera renda, e nas tarefas relacionadas à produção é reduzido ao caráter de ajuda. Frente a essa situação, a proposta desse trabalho assenta-se em se tratar as relações de gênero e as respectivas relações de poder entre homens e mulheres no meio rural, e como essa discussão pode contribuir para a visibilidade do trabalho das mulheres no campo. Para a realização deste trabalho foi efetuada uma revisão teórico-conceitual sobre agricultura familiar, estratégias de produção e reprodução familiar e trabalho feminino, pesquisa documental e pesquisa de campo.
Palavras-chave: Mulheres. Agricultura familiar. Estratégias de produção. Comunidade Rancharia.
1 Introdução
Agricultura familiar é um conceito utilizado para caracterizar as unidades de