Relatório

Texto: Capitulo 4: Lewis Henry Morgan e a Sociedade Primitiva – Adam Kuper

No texto, Kuper descreve a trajetória de Lewis H. Morgan até o momento em que este finaliza sua obra-prima: “Sociedade Primitiva”. São apresentados todos aqueles, assim como seus trabalhos, que direta ou indiretamente influenciaram o livro de Morgan.
Durante suas pesquisas, Morgan analisou diferentes grupos como os Iroqueses e primeiramente concluiu que entre os índios americanos havia um sistema uniforme de classificação de parentesco, evidênciando que esses índios tinham uma origem comum. A partir daí, ele tenta, meio impetuosamente, meio afobado, comprovar sua hipótese. Para isso, ele se vale de trabalhos já realizados, como a divisão dos grupos línguisticos indo-europeus, semíticos e turquiano de Muller, a tabela de tâmil e telugu do Doutor Scudder (que fez com que Morgan, teimosamente, achasse que a origem dos povos indígenas norte-americanos estava na Ásia) e o livro “Primitive Marriage” de McLennan.
Esses trabalhos estavam relacionados com parentesco, alguns com os termos usados para designar alguém da família e outros com a maneira com que os casamentos eram feitos.
Depois de analisar todas essas informações, Morgan escreve “Socidade Primitiva”, cujo tema central era o desenvolvimento das formas de “sociedade” mais primitivas – os clãs, que haviam sido tema do livro “História da Grécia” de Grote – para as mais desenvolvidas (australianos, iroqueses, astecas, gregos e romanos, respectivamente).
Para mim, Morgan muitas vezes fazia com que as informações confirmassem aquilo que ele acreditava ser verdade, manipulando-as, o que acarretou em relutância de aceitar seu manuscrito por parte do diretor do Instituto Smithsoniano assim como por parte de seu amigo McIlvaine, que dizia que seu trabalho estava incompleto ao não mostrar o significado daquilo que ele havia demonstrado.