Relatório

Referencial Teórico
Liberty Art Design

A origem dos quadrinhos
(Estados Unidos x Japão)

Segundo Ono e Tezuka, os Ê-Makimono são considerados historicamente a origem das histórias em quadrinhos no Japão. Muito abundantes nos séculos XI e XII, os Ê-Makimono eram desenhos pintados sobre um grande rolo e contavam uma história, cujos temas iam aparecendo gradativamente à medida que ia sendo desenrolado. Dessa maneira, era construída, com estilo original, uma história composta de numerosos desenhos (Luyten, 2000, p.91,92). Com grande influência das strips (tirinhas) norte-americanas, foi que os japoneses começaram a produzir quadrinhos. Com o fim da Segunda Guerra, o Japão passou por um processo de desmilitarização onde entre suas consequências ficou a censura em relação a assuntos referentes à guerra, o contrário da realidade anterior. Com a abertura para os estrangeiros, foram influenciados desde os costumes até o idioma japonês. Anteriormente os japoneses usavam a palavra douga (imagens em movimento) para filmes e desenhos animados, mas foi baseando-se na palavra animation de origem inglesa que apareceu a expressão anime, utilizada até hoje, para os desenhos animados. Foi nos anos 50, com a influência ocidental do pós-guerra, que os desenhistas revolucionaram o mangá e o anime e deram ainda mais destaque aos olhos grandes e cheios de vida, juntando aos quadrinhos técnicas de enquadramento cinematográfico e animação, com influência de Walt Disney e Max Fleisher. Um dos motivos para isso, segundo Moliné (2004), seria pela maior facilidade dos autores transmitirem emoções sinceras e psicologicamente profundas. Na composição do mangá é importante ressaltar que a leitura é feita da direita para a esquerda, sua construção prioriza os elementos visuais em detrimento dos elementos verbais com forte apelo visual e ritmo narrativo mais acelerado. Outra característica é que, por ser originalmente da cultura e arte japonesa, não se pode desconsiderar a