Relatório sobre microalgas

1. INTRODUÇÃO

Microalgas fotossintéticas são organismos que podem converter energia solar em biomassa com alta eficiência e taxas de multiplicação (SHELEF; SOEDER, 1980; THOMAS et al., 1984). As taxas de crescimento e atividades fotossintéticas são mais altas que nas plantas mais desenvolvidas, representando mais de 90% da atividade fotossintética na Terra.
As microalgas são consideradas os sintetizadores da matéria orgânica no ambiente aquático, utilizando a fotossíntese para construir complexas moléculas de carbono. Os nutrientes dissolvidos a partir de várias fontes são absorvidos pelas microalgas e na presença de luz combina com diversas moléculas necessárias para a sobrevivência (HOFF; SNELL, 1997).
No ambiente natural o fitoplâncton possui elevado número de espécies que competem pela disponibilidade de nutrientes e luz. Em laboratório, as condições são adequadas para a manutenção das algas, em geral crescidas em cultura unialgal (SIPAÚBA-TAVARES; ROCHA, 2001).
Muitos fatores como temperatura, pH, intensidade de luz e nutrientes (especialmente N e P) têm afetado o desenvolvimento e crescimento das algas, tanto no laboratório, quanto na natureza (PAN et al., 2008).
Nutricionalmente, as microalgas são fontes de micronutrientes, vitaminas, óleo e elementos traço para a comunidade aquática, sendo importantes na produção e balanço de oxigênio dissolvido na água (RIQUELME; AVENDAÑO-HERRERA, 2003).
As microalgas possuem rápido crescimento populacional, apresentando papel importante na ciclagem de nutrientes atuando também, no balanço do pH dos sistemas aquáticos pela remoção do dióxido de carbono, adicionando oxigênio (HOFF; SNELL, 1997).
Nos últimos anos, muito interesse tem sido focado no potencial biotecnológico das microalgas, principalmente devido a identificação de diversas substâncias sintetizadas por estes organismos. Neste sentido cultivo de microalgas tem sido realizado visando à produção de biomassa tanto para uso na elaboração de alimentos