Algas
Microalga como matéria-prima para a produção de biodiesel
Teixeira, Cláudia Maria, Tecnologista, Instituto Nacional de Tecnologia. claudiat@int.gov.br. Av. Venezuela 82 sala 716 – Centro. CEP20081-312 Rio de Janeiro – RJ.
Morales, Maria Elizabeth, Pesquisadora, Instituto Nacional de Tecnologia.
1 Introdução
O combustível denominado biodiesel apresenta vantagens quanto à produção e utilização já sobejamente conhecidas. Estas vantagens poderão ser ampliadas, pelo aproveitamento da grande biodiversidade que o país apresenta, pois as muitas espécies capazes de produzir biodiesel crescem bem nos diversos territórios do nosso solo agrícola. Essa diversificação pode garantir a continuidade da produção de biodiesel especialmente por fazer a salvaguarda de quebras de safra, perdas sazonais, etc. Como matérias-primas para a produção de biodiesel, vêm sendo empregadas espécies vegetais; porém, como as microalgas já demonstraram potencialidades para a produção de biodiesel, e várias vantagens em relação aos vegetais superiores, deveriam ser consideradas como possíveis fontes de matéria-prima. Este trabalho tem por objetivo fazer uma análise crítica do uso de microalgas para produção de biodiesel, considerando as vantagens e desvantagens do seu uso, bem como sugestões de estudos e tecnologias a serem desenvolvidos.
2 Estado da arte
2.1 Matérias-primas utilizadas na produção industrial de biodiesel
As principais matérias-primas utilizadas são: a soja, a mamona e o dendê. A soja tem potencial para oferecer todo o óleo necessário mesmo para a mistura dos 5%, porém ela sofre restrições de natureza econômica. A mamona é uma cultura que apresenta viabilidade para dar sustentabilidade aos assentamentos rurais no semi-árido, sendo a base de uma das cadeias produtivas do semi-árido. Em relação ao dendê, a Agropalma utiliza o óleo que é resíduo do processo de refino. Neste caso, o processo utilizado é a esterificação dos ácidos