Relatório sobre experimento em MEV
Quando se estudam os materiais, existe a necessidade de uma análise microestrutural para que se possa entender as correlações microestruturas-defeitos-propriedades, de forma que, com esse conhecimento, os materiais sejam aplicados da melhor maneira possível.
As análises de materiais inicialmente eram feitas no Microscópio Ótico (MO), que tem seu funcionamento baseado na utilização de luz visível ou ultravioleta para obtenção da imagem, o que dificulta a análise de materiais opacos. Além disso, seu aumento máximo é de apenas 2000 vezes.
Com o avanço da tecnologia, surgiu o Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV), que é o objetivo do nosso estudo. O MEV apresenta vários avanços em relação ao MO: utilização de feixe de elétrons no lugar de fótons, acabando com o problema dos materiais opacos; aumento máximo superior, chegando a 300000 vezes, dependendo do material; grande profundidade de foco, que permite uma imagem tridimensional; e o fornecimento de informações sobre a composição dos materiais.
Nesta era de intenso desenvolvimento tecnológico, têm-se aumentado a necessidade de informações criteriosas a respeito das características microestruturais e a importância de se explicar fenômenos que ocorrem em escala micrométrica e submicrométrica. Por isso, o MEV é amplamente utilizado em várias áreas da ciência, como eletrônica, geologia, engenharia dos materiais, ciências da vida, entre outras.
Figura 1: Diferença entre as micrografias ótica e eletrônica de varredura.
OBJETIVOS Este trabalho foi proposto com o objetivo de proporcionar aos alunos da disciplina de Materiais de Construção Mecânica 1, um conhecimento ainda que superficial sobre o MEV, seu funcionamento e o procedimento para obtenção de imagens desde a preparação das amostras até a interpretação da imagem, além de suas aplicações em estudos sobre os mais diversos materiais. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA O MEV consiste basicamente da coluna ótico-eletrônica, da câmara