Relatório sobre aula prática “Efeito de Drogas Analgésicas em Diferentes Modelos de Nocicepção"
DEPARTAMENTO DE FARMACOLOGIA
ALLANA MARINA BUENO
ANNA CARLA DE LIMA MARTINS
JÚLIA CANDAL DE MACEDO
PAULO HENRIQUE GOUVEIA
VALQUÍRIA MOREIRA ZANETTI
Relatório sobre aula prática “Efeito de Drogas Analgésicas em Diferentes Modelos de Nocicepção”
CURITIBA
2013
INTRODUÇÃO
A dor é uma submodalidade sensorial que faz parte de um conjunto de funções fisiológicas relacionadas à proteção do organismo exposto a estímulos nocivos (JULIUS; BASBAUM, 2001). A IASP (International Association for the Study of Pain) define a dor como uma experiência sensorial e emocional desagradável, associada a dano presente ou potencial, ou descrita em termos de tal dano. A sinalização destes estímulos, que inicia em receptores localizados no sistema nervoso periférico (SNP) e é conduzida até diferentes estruturas dos sistema nervoso central (SNC), pode fazer com que ocorra uma reação neurosensorial descrita como percepção dolorosa ou sensação dolorosa (JULIUS; BASBAUM, 2001; BASBAUM et al., 2009).
O estímulo nocivo é caracterizado pela IASP como “um evento presente ou potencialmente causador de dano aos tecidos” já o estímulo nociceptivo foi considerado como “um evento presente ou potencialmente causador de dano aos tecidos que é traduzido e codificado por nociceptores”. Apesar de um dano tecidual presente ou potencial ser o denominador comum de estímulos que podem causar dor, existem alguns tipos de danos teciduais que não são detectados por qualquer receptor sensorial, e que, portanto não causam dor (LOESER; TREEDE, 2008).
Na reunião realizada em Kyoto em 2007, a IASP revisou os conceitos de termos relacionados à dor e definiu-se nocicepção como “os processos neurais de codificação e processamento do estímulo nocivo” (LOESER; TREEDE, 2008). É importante notar que dor e nocicepção são eventos que geralmente ocorrem independentemente, tem definições diferentes e devem ser diferenciados nos contextos de pesquisa e prática