Relatório prático de pedologia
INTRODUÇÃO
A água no solo não é pura, sendo que a denominação mais correta para a ela referir-se é chamá-la de “solução do solo”. De fato, devido à extraordinária capacidade de solubilização da água, a solução do solo contém gases e sais nela dissolvidos, em quantidades variáveis. A solução do solo contém,pelo menos em traços, todos os elementos do solo, susceptíveis de ionização, solubilização e suspensão. A água pode ocupar os espaços porosos do solo e/ou estar contida nas unidades cristalinas dos minerais. Essa água de cristalização está retida de forma bastante firme, não podendo ser considerada como água do slo. Convencionou-se denominar água de adsorção àquela água perdida pelo solo quando esse é submetido a uma temperatura de 105 C, em estufa, e água de cristalização, a que exige temperaturas de 100 a 400 C para sua remoção.
Em relação ao conteúdo de água no solo, seu limite máximo é conhecido como saturação, definida como aquela em que todos os poros estão preenchidos com água. A saturação é de fácil determinação em solos arenosos, não expansivos. Por outro lado, tratando-se de solos argilosos que apresentam o caráter de expansividade, a determinação da saturação torna-se relativamente mais difícil que em solos arenosos, uma vez que solos argilosos podem continuar a adsorver água mesmo quando todos os poros já tenham sido preenchidos, em sua superfície interna, que aparece em função da separação das unidades cristalográficas dos minerais argila, no fenômeno de expansão. O outro extremo da umidade é conhecido como solo seco, ou seja, todos os poros estão agora ocupados por ar, umidade “zero”. Essa condição é obtida em laboratório submetendo-se a amostra a uma temperatura de 105 – 110 C em estufa. Nenhuma das duas condições de umidade do solo acima citadas é adequada do ponto de vista agrícola. O ideal é se buscar manejar o solo a fim de se poder mantê-lo com umidade e aeração adequadas ao de senvolvimento da cultura nele