Relatório Filme A Janela da Alma
O documentário nos mostra as diferentes formas de experiências com depoimentos de pessoas com deficiências visuais. Essas formas de percepção é retratada não somente pelo ato de olhar, mas que envolve também a maneira de perceber o mundo através das emoções pessoais, pela sensibilidade, e pela capacidade de enxergar além do que se vê. A edição do documentário impõe um desconcerto reflexivo, ao longo das sequências de imagens e sons que intercalam mediante aos depoimentos, oferecendo ao espectador a reflexão, a imaginação, acerca do sentindo conotativo dado a visão, consequentemente a cegueira.
Certas passagens dos depoimentos parecem mesmo estar mais enquadradas do que outras, mais focadas no tema, outras se desviam e tomam rumos inesperados. Não há um história com início, meio e fim, apenas reflexões intercaladas de questões relacionadas a capacidade visual dos deficientes e dos visuais normais.
A vida moderna é tão corrida que nem somos capazes de absorver aos estímulos visuais que nos são bombardeados a todo tempo, por tanta informação, que nem sabemos para onde olhar, o que olhar. Somos induzidos a enxergar coisas explicitamente impostas, o que nos torna de certa forma cegos.
Essas imagens de paisagens naturais e urbanas intercaladas com as entrevistas, algumas são desfocadas, quase que imagens abstratas, quase que simulando diferentes tipos de deficiência visual, outras são simples, proporcionando um momento ideal para reflexão das coisas mudanças do cotidiano, que quase não temos tempo para pensar sobre.
No entanto, a visão é muito mais do que o uso dos olhos físicos com os quais vemos o mundo à nossa volta. É possível, então, admitir que mesmo com os olhos fechados podemos obter um maior entendimento do mundo que nos rodeia já que, a maior parte das vezes, nos limitamos a lançar um olhar distraído sobre as coisas, esquecendo de as observar, de reparar nelas.
Os relatos no filme, no