Relatório Exposição "Japão a Cru" MUDE 2014
Foi pedido no âmbito da disciplina de Introdução ao Design que fosse realizado um relatório sobre um de duas exposições sugeridas, sendo que a exposição temporária que se encontra no MUDE sob o título Japão a Cru era uma das sugestões.
Esta Apresentação é constituída por duas exposições ligadas ao mesmo tema que é a cultura e o design japonês, sendo estas: Boro – Um tecido de vida; Puras Formas.
Boro- Um Tecido de Vida
Nesta exposição são apresentadas várias peças de vestuário feitas todas utilizando uma técnica muito pouco convencional a que se dá o nome de Boro. Esta técnica nasceu da ideia de um material ou objeto ser “demasiado bom para ser desperdiçado”, baseava-se na reutilização de tecidos que eram depois cozidos formando camadas de diferentes tipos de tecidos. Para além desta ideia o termo Boro era também utilizado para descrever roupa ou objetos que já tinham sido reparados várias vezes. Os Boros eram utilizados desde os finais do séc.XVIII até ao séc. XX, pelas classes mais baixas em oposição aos Kimono utilizados por quem os podia comprar. Os Boros como eram passados de geração em geração, essas mesmas gerações estavam representadas nos tecidos que foram sendo acrescentados e remendados ao longo do tempo, é uma forma de representar uma família ao longo do tempo, tal e qual um álbum de fotografias. (Fig.1 e Fig.2)
Na minha opinião, esta exposição evidencia um valor e um ideal que está em decadência e cada vez mais em extinção nas sociedades modernas, que é a reutilização de materiais e objetos antigos de maneira a que seja possível dar-lhes uma nova vida. É preciso abandonar a ideia de que o que é velho é lixo e já não serve porque já existe algo melhor, pois apesar de algo ser velho não quer dizer que não possa ser um novo início para outra coisa. Outro aspeto a notar na utilização de pequenos tecidos para a criação de uma peça de vestuário maior é que os vários tecidos ao serem transformados e