Relatório de Sondagem
COCOCI PARA DEPÓSITOS DE COBRE
Claudinei Gouveia de Oliveira
1. Introdução
O setor sudoeste do Sistema Orós-Jaguaribe, uma das entidades geotectônicas da
Província Borborema, apresenta ocorrências de brechas cataclásticas a hidrolíticas ricas em
Cu-Fe, associadas a zonas de alteração hidrotermal em ortognaisses paleoproterozóicos do
Complexo São Nicolau, em seqüências metavulcano-sedimentares mesoproterozóicas do
Grupo Orós, em granitos brasilianos que recortam as unidades anteriores e em rochas sedimentares com intercalações de rochas vulcânicas depositadas em bacias molassóides eo-paleozóicas que representam o Grupo Rio Jucá. Dentro desse contexto, ocorrem brechas ricas em cobre (malaquita e sulfetos subordinados), além da presença constante de óxidos de ferro (hematita e magnetita martitizada) preenchendo fraturas ou disseminados nas brechas. As feições geológicas que mais se destacam na porção sudoeste da Província
Borborema são as várias pequenas bacias instaladas em riftes eo-cambrianos. São riftes formados por falhas normais relacionadas a esforços transtensionais pós-orogenéticos e preenchidos por sedimentos oriundos da denudação deste mesmo orógeno.
Almeida (1969) identificou este evento na Plataforma Sul-americana como o primeiro de seis estágios evolutivos, e o denominou “Estágio de Transição”, de idade CambroOrdoviciana. As bacias da transição Proterozóico/Fanerozóico da Província Borborema são conhecidas como bacias “molássicas” em função da íntima relação temporal com o final do
Ciclo Brasiliano. São seqüências clásticas imaturas compostas, sobretudo, por conglomerados, arenitos e folhelhos, com passagens gradacionais de ambiente continental associado ou não com magmatismo bimodal.
Na Província Borborema tais bacias se assemelham a grabens e/ou riftes, com dimensões que variam desde 2 por 7 km até 20 por 120 km. Seus eixos maiores são NESW e E-W, orientados pelas