Relatório de Qímica
CANA-DE-AÇÚCAR:
Do ponto de vista da utilização industrial, seja para fabricação de açúcar ou etanol, a cana é constituída de fibra e de caldo, sendo esta a matéria-prima real. A fibra é todo material insolúvel em água, e o caldo é o conjunto da água e de todos os sólidos solúveis, dele fazendo parte os açúcares, as cinzas, materiais nitrogenados e outros. O teor de fibra é um parâmetro importantíssimo, que, se por um lado fornece uma quantidade de bagaço importante para o equilíbrio térmico da indústria, por outro, dificulta a extração da sacarose. Um valor normalmente observado é que 1% de aumento no teor de fibra causa uma redução de 1,5% na extração. Quando desse aumento no teor de fibra, procede-se geralmente a uma maior embebição da cana, de modo a manter-se a extração constante. Assim como as fibras, um alto teor de cinzas prejudica o processo de fabricação do açúcar, principalmente no que se refere à clarificação, evaporação e cristalização.
MATURAÇÃO DA CANA DE AÇÚCAR:
O processo pode ser definido como o processo fisiológico que envolve a formação de açúcares nas folhas e seu deslocamento e armazenamento no colmo. Pode-se, ainda, definir a maturação da cana sob três aspectos:
Botânico: A cana só é considerada madura após a emissão de flores e a formação de sementes.
Fisiológico: A maturação ocorre quando o colmo atinge seu máximo armazenamento de açúcar (sacarose);
Econômico: Quando a cana atinge o teor mínimo de sacarose de 13% do peso do colmo, necessário para que possa ser viável industrialmente.
Para determinar se a cana está no ponto de maturação utiliza-se o refratômetro de campo, aparelho que fornece a porcentagem de sólidos solúveis do caldo (chamado de Brix), que está ligado ao teor de sacarose da cana-de-açúcar. Após esta medição, e é feita uma análise laboratorial. A planta imatura apresenta uma grande diferença nos teores de sacarose entre os extremos de seus colmos. Portanto, o critério