Relatório de Observação

1 INTRODUÇÃO Devido as mudanças sociais, culturais e econômicas, o conceito de paternidade tem sofrido grandes mudanças nas famílias ao longo do tempo. Tecendo um breve panorama, nos séculos XVII e XVIII, os pais tinham a função de provedor econômico da família e de promover o desenvolvimento moral e religioso da criança. Com a industrialização no século XIX, os pais que tinham um contato frequente com a família porque trabalhavam em fazendas próximas de sua residência, reduziram esse contato ao terem que trabalhar em indústrias com grande carga horária, deixando a mãe com a maior responsabilidade pelos cuidados dos filhos. Essa configuração se manteve até a década de setenta, quando houve a revolução feminista, desde a qual a porcentagem de mulheres exercendo atividades remuneradas vêm aumentando. Esse aumento crescente do poder por parte das mulheres vem causando novas configurações familiares, nas quais o pai está cada vez mais tendo maior participação. Devido a essas novas configurações, sentiu-se necessário que começasse-se a fazer pesquisas que estudassem o relacionamento entre pais e filhos. Contudo, esse tema ainda é muito escasso em termos de pesquisa e ainda há muito o que fazer nessa área. Estudos mostram que a ausência paterna pode gerar um grande impacto no desenvolvimento psicológico, intelectual e comportamental de uma criança. Sendo assim, é importante estudos em cima da interação pai-filho, principalmente no que diz respeito ao aspecto emocional da criança, de forma a melhorar essa relação e promover o desenvolvimento adequado da criança.

2 JUSTIFICATIVA
A falta de interação paterna com os filhos pode acarretar diversos problemas no desenvolvimento da criança. Segundo o estudo de Cia, D’Affonseca e Barham (2004) sobre o impacto da frequência de envolvimento paterno sobre o desempenho acadêmico de crianças em idade escolar, no qual participaram 58 pais (homens) e seus filhos, do 6º e 7º ano, foi observado que,