Relatório de Leitura Aspetos Linguísticos da Organização Textual, Duarte (2003).
Capítulo da Gramática da Língua Portuguesa de Maria Helena Mateus et al. dedicado aos Aspetos Linguísticos da Organização Textual tratando-os no que respeita à coesão textual, à conectividade conceptual e à estrutura temática e estrutura informacional.
Escrito por Inês Duarte, este quinto capítulo da Gramática da Língua Portuguesa está dividido em três secções principais. Na primeira, e mais extensa, tratam-se questões acerca da ligação linguística entre os elementos do texto – Coesão Textual. Esta secção subdivide-se em seis partes nas quais a autora escalpeliza detalhadamente os seguintes parâmetros: coesão frásica, coesão interfrásica (secção à qual dedica mais espaço e à qual dá maior relevância), coesão temporal, paralelismo estrutural, coesão referencial e coesão lexical. Nas duas secções seguintes analisam-se, respetivamente, a coerência textual e as estruturas temática e informacional. A autora aborda o tema da linguística textual introduzindo, em primeiro lugar, as propriedades fundamentais da produção de linguagem para que possa ser reconhecida como textualidade para depois analisar individualmente e pormenorizadamente todos os aspectos linguísticos da organização textual.
A produção de linguagem, segundo a autora, não ocorre em palavras ou frases isoladas mas sim como texto. São propriedades de textualidade as que permitem reconhecer as manifestações da linguagem como texto: aceitabilidade, situacionalidade, a intertextualidade, informatividade e conectividade.
Aceitabilidade remete para a tolerância do ouvinte (ou leitor), em aceitar o texto de acordo com o conhecimento que tem do assunto; situacionalidade advém da relevância de um determinado texto para uma determinada situação; intertextualidade relaciona textos relevantes que fazem parte da memória textual