Relatorio
A disputa entre a memória e o esquecimento é mediada pelo ato de escolher. E escolher o que permanece e/ou o que se apaga não é uma ação desprovida de neutralidade, pelo contrário, está inserida dentro de um jogo de interesses no qual se seleciona as memórias tidas e aceitas como importantes para manutenção de uma identidade já construída ou para criação de uma nova identidade.
Pelegrini ressalta que as relações entre natureza e cultura tem se manifestado nas concepções do patrimônio e norteado ações pontuais na esfera da reabilitação dos núcleos históricos e no âmbito da educação ambiental, tomadas como instrumento para a construção da cidadania e do desenvolvimento sustentável.
O autor cita em seu artigo a “Conferência Mundial das Nações Unidas sobre o
Desenvolvimento Sustentável”, realizada na África do Sul, em 2002, que explica se a educação for acionada como recurso capaz de promover o desenvolvimento intelectual e moral de crianças ou adultos, com certeza tenderá a suscitar sua integração individual e coletiva, um tratamento diferenciado do patrimônio.
A educação patrimonial e ambiental deve ser conduzida de modo a contemplar a pesquisa, o registro, a exploração das potencialidades dos bens culturais e naturais no campo da memória, das raízes culturais e da valorização da diversidade. O conhecimento adquirido e a apropriação dos bens culturais por parte da comunidade constituem fatores indispensáveis no processo de conservação integral ou preservação sustentável, pois fortalece os sentimentos de identidade e pertencimento da população residente, e ainda, estimula a luta pelos seus direitos, bem como o próprio exercício da cidadania.
Conclui-se que é necessário ações estratégicas em cada tipo de sociedade e em suas particularidades, por exemplo, no estado de Goiás, visando maior conscientização e