Relatorio
BIANCHET, Sandra. A narrativa ficcional em primeira pessoa na antiguidade: autor e narrador no Satyricon e o burro de ouro. 28 de fevereiro, 2014.
A palestra promovida pela professora Sandra Bianchet apresentou aspectos importantes para a compreensão dos vestígios gregos na literatura Latina. Tema na qual apresenta uma grande relevância para os estudos da literatura comparada.A professora inicia a palestra entregando um roteiro divido em três momentos cronológicos da literatura Latina:antes do Satyricon, com o Satyricon e após o Satyricon. Nossa conversa é iniciada com a citação da professora Zélia de Almeida Cardoso:“Tudo aquilo que as civilizações humanas criaram é resultado da combinação de fatores de diversas ordens (políticos, sociais, econômicos, éticos, religiosos, ideológicos, educacionais, etc), que compões, em conjunto, o amplo contexto que explica e justifica o produto”.
O produto do qual a professora Sandra aborda na palestra são os romances latinos. Uma grande polêmica, pois para muitos estudiosos o primeiro romance latino teria sido na verdade Dom Quixote que foi escrito posteriormente ao Satyricon, que provavelmente foi escrito no ano I antes de Cristo. A data mais provável de circulação do Satyricon na antiguidade moderna seria entre o ano 60 e 65 no século I depois de Cristo, ou seja, já na nossa era sobre o reinado do imperador Nero. É muito importante focalizar politicamente a época de circulação da obra porque isso vai nos guiar pela leitura da obra, ou seja, o Satyricon de Petrônio é uma obra produzida sob o domínio, sob o comando de um ditador, de um imperador que simplesmente sobre o qual só se podia falar bem. Se ele desconfiasse que algum autor escrevia algo contra ele, esse autor era convidado a cometer suicídio. Era publicada uma lei que decretava que essa pessoa iria se matar, existem vários registros feitos por historiadores no século II depois de Cristo, de pessoas públicas, autores famosos da época que