relatorio ranke
Ranke narra a construção de um estado-nação através da migração dos povos e das cruzadas; o importante papel do papado e do rei para que essa construção fosse possível, que desses “movimentos” – migração e as cruzadas – surgem os princípios de colonização. Esses três movimentos: migração dos povos, as cruzadas e a colonização, segundo Ranke, uniu as nações – germânica e romana – na civilização da Europa Moderna.
O autor explica a legitimação da identidade germânica e o estado nação que estava em formação fazendo uso de uma narrativa de seu tempo presente, tendo como finalidade contar a história como ela realmente se deu.
Ranke critica a visão hegeliana da história, negando a Filosofia da História – ignorando o agente humano – praticada por Hegel; nega também a história teleológica – por essa negação se tornou um crítico da noção de progresso; para Ele, Tucidides foi durante toda a sua vida o seu historiador exemplar.
Utilizou uma grande variedade de fontes para a sua época, como memorias, diários, cartas pessoais e formais, documentos governamentais, malotes, documentos diplomáticos e testemunhos de primeira mão de testemunhas-oculares, dando ênfase nos documentos mundanos ao invés de literatura antiga e rara.
O autor faz diversas e duras críticas a movimentos e períodos, mas deixando sempre claro que um período nunca é inferior a outro determinado período, eles são apenas diferentes.
Métodos por ele utilizado – o uso de fontes primarias, a história narrativa e a busca por mostrar o passado como realmente foi – foram definitivos para a feitoria da ciência histórica.