Relatorio de a vida é bela
Mussolini fez uma aliança militar com os alemães, mudando, portanto, o discurso, e adotando práticas anti-semitas em território italiano.
Práticas que, pelas mãos de Benigni, se transformaram em cenas cômicas e irônicas. Um dos exemplos baseados na vida real que aparecem no filme são as placas fixadas à frente das lojas dizendo ser proibida a entrada de judeus e cachorros --comuns em muitos estabelecimentos italianos depois de 1938.
Embora a perseguição tenha resultado na expulsão de muitos judeus italianos de empregos e escolas públicas e de uma série de profissões, eles só passaram a ser executados nos últimos momentos da Segunda Guerra.
Vendo a proximidade do fim do conflito, em 1943, os italianos tentaram, em separado, negociar a paz com os Aliados e, em represália, tropas alemãs ocuparam parte do país e começaram a mandar judeus ali recolhidos para os campos de concentração --exatamente o que ocorre com Guido e sua família na segunda parte de "A Vida é Bela".
Em decorrência dessa execução tardia, houve mais sobreviventes entre os judeus italianos que na maioria dos demais países europeus, mas muitos poucos deixaram os campos de extermínio com vida. Durante toda a guerra, estima-se que cerca de 6 milhões de judeus tenham sido mortos pelos nazistas alemães e seus colaboradores, no que se chamou de