Relatorio de estagio
Um ambiente é alfabetizador quando promove um conjunto de situações de usos reais de leitura e escrita nas quais as crianças têm a oportunidade de participar. Quando as pessoas do ambiente em que as crianças vivem têm o habito da leitura e escrita no seu cotidiano, elas promovem entre as crianças a oportunidade de presenciar e participar de diversos atos de leitura e escrita fazendo-as pensar desde cedo sobre a língua e seus usos, construindo idéias sobre como se lê e como se escreve. Através deste conhecimento começamos a estudar e desvendar a teoria de Emília Ferreiro onde o caráter de suas investigações é psicológico e não pedagógico. O seu enfoque é a explicação de como se aprende a ler e escrever, e não é a criação de um método de alfabetização, tarefa específica do educador. Esses estudos podem nos ajudar a compreender melhor os níveis do conhecimento da escrita e da leitura do sujeito não- escolarizado ou não- alfabetizado e ampliar os recursos metodológicos que ajudem a avançar no processo de construção do sistema escrito, superando conflitos cognitivos próprios das hipóteses criadas em cada um desses níveis. Os estudos psicogenéticos da aquisição da leitura e escrita realizados por Emilia Ferreiro nos desafiam ainda a repensar nossos princípios pedagógicos e a rever nossas concepções de conhecimentos, ensino e aprendizagem.
DESENVOLVIMENTO
A aprendizagem segundo Emília Ferreiro
Emilia Ferreiro nasceu na Argentina em 1936. Doutorou-se na Universidade de Genebra, sob orientação do biólogo Jean Piaget, cujo trabalho de epistemologia genética (uma teoria do conhecimento centrada no desenvolvimento natural da criança) ela continuou, estudando um campo que o mestre não havia explorado: a escrita. A partir de 1974, Emilia desenvolveu na Universidade de Buenos Aires uma série de experimentos com crianças que deu origem às conclusões apresentadas em Psicogênese da