Relatorio 7 Concentra O Micelar Molar
Surfactantes ou agentes tensoativos, são compostos anfifílicos que possuem uma cauda apolar (hidrofóbica ou lipofílica) e uma cabeça polar (hidrofílica). A parte hidrofóbica da estrutura é formada por cadeias hidrocarbônicas, tipicamente com mais de dez átomos de carbono. A parte hidrofílica da estrutura pode ser representada por grupos polares não-iônicos ou grupos iônicos. Neste sentido podemos denominar os surfactantes como não-iônicos e iônicos, respectivamente. Baseado na carga e na natureza do íon que gera a atividade da superfície podemos dividir os surfactantes em aniônicos, catiônicos e não-iônicos. Os aniônicos são mais largamente empregados, pois são eficientes e seu custo é baixo. Os catiônicos são caros mas, devido à sua ação germicida, são utilizados em alguns casos especiais. Os surfactantes nãoiônicos são mais recentes e tem sido utilizados em formulações para lavagem de janelas, carros e lavadoras automáticas.
A principal razão que leva os monômeros de surfactantes a se associarem sob a forma de micelas é a diminuição da área de contato entre as cadeias hidrocarbônicas do surfactante e da água. A concentração onde se inicia o processo de formação das micelas, micelização, é denominada concentração micelar crítica (cmc), que é uma propriedade intrínseca e característica do surfactante a uma dada temperatura e concentração eletrolítica. São as micelas as responsáveis pela catálise micelar e pela solubilização de gorduras. Durante a formação dos agregados, os grupos hidrofílicos (cabeças) dos surfactantes ficam muito próximos, gerando uma repulsão eletrostática que se opõe ao processo de micelização.
As micelas são geralmente globulares, contudo, estas estruturas podem ser elipsóides, cilíndricas e em camadas. O formato e o tamanho destas é função da geometria molecular dos surfactantes bem como das condições da solução, tais como: concentração, temperatura, pH e força iônica. A formação de micelas é acompanhada por mudanças