Relato - redação
Caso caia ”relato” em alguma prova de concurso, lembre-se de:
- Estabelecer a comunicação com o interlocutor/leitor;
- Empregar os verbos no passado;
- Priorizar as ações.
Para começar, o gênero relato, ou “relato pessoal”, faz parte do domínio social da comunicação. Podendo ser oral ou escrito, ele parte do princípio de que há um emissor e um interlocutor. Nesse gênero, relatamos, basicamente, experiências vividas no passado – que pode ser ontem, mês passado, ou há três anos – contanto que seja no passado. Para isso, os verbos devem ser empregados no pretérito.
Mas vocês podem estar pensando: se, no relato, “contamos” algo que ocorreu no passado, qual é a maior diferença dele para o gênero narrativo? A resposta vem em duas partes: além de, no gênero narrativo, ser possível escrever no presente (Podemos contar uma ficção dizendo: “O menino chega e entra em seu quarto. Ele fecha a porta e percebe que algo está diferente.”), o relato sempre prioriza as ações. Vocês podem até falar sobre sentimentos e sensações, mas o objetivo principal é informar com foco nas ações!
Quando a escritora J. K. Rowling falou em Harvard à turma que se formava em junho de 2008, ela não tratou de sucessos. Em vez disso, falou de fracassos. Contou a história de uma moça que abandonou o sonho de escrever romances para estudar algo mais prático. Ainda assim, acabou como mãe solteira desempregada, “o mais pobre que é possível ser na Grã-Bretanha moderna sem virar sem-teto”. Mas, durante o pior período, percebeu que ainda tinha uma filha maravilhosa, uma velha máquina de escrever e uma ideia que se tornaria a base para reconstruir sua vida. Você já ouviu falar em Harry Potter, não? “Talvez vocês nunca fracassem como fracassei”, disse Rowling