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Perspectivas acerca da infância

O filme “A invenção da infância” é um curta-metragem dirigido por Liliana Sulzback e Mônica Schmiedt. Já no começo mostra depoimentos de mães que tiveram vários filhos e alguns deles mortos, sendo que, uma chegou a ter vinte e oito filhos e destes perdeu vinte e dois, e o que mais impressiona é a forma “natural” em que estas mulheres enfrentam tal situação.
No decorrer do filme, mostra vários depoimentos de crianças com faixa etária entre oito e doze anos. Podemos observar nos depoimentos, uma significante desigualdade no conceito de infância em diferentes lugares do Brasil. E essa desigualdade existe entre as crianças de diferentes classes sociais, sendo que, as crianças de classe média vivem a infância entorno de atividades como: ir à escola, jogar vídeo game, fazer aula de balé, andar de patins, de bicicleta; já as crianças de classe baixa não têm infância, pois precisam trabalhar para sobreviverem.
O filme relata o surgimento do conceito ‘infância’ que se deu, em um certo período, para marcar uma fase tranquila, perfeita e protegida, diferentemente da fase adulta. Porém podemos ver que atualmente a realidade não coincide com tal conceituação, ou seja, “ser criança não significa ter infância”.
Diante de tal contexto as crianças são instigadas a agirem como adultos, pois são depositadas uma carga excessiva de responsabilidades, e com isso elas mencionam a tristeza por faltar tempo para brincar e estudar, em ambas as classes sociais presentes no filme.
Um outro fator que impressiona bastante, que é proveniente do advento da televisão, é o fato das crianças terem acesso à programas televisivos que não são adequados para esse público. Uma vez que, tais programações transmitem filmes de terror (onde mostra cenas pornográficas, de morte, de violência), novelas (onde mostra cenas amorosas entre casais e estimula a sensualidade e o consumismo), entre outras programações inadequadas.
E, for fim, o documentário termina com depoimentos