Relat rio microbiota 2
O solo é uma estrutura muito complexa e muito ativa, contém possivelmente maior número de indivíduos e maior diversidade que qualquer outro habitat ou ecossistema. Entre os componentes do solo, um tem marcada presença evidente sobre as características dos demais: a parte biológica, formada pelos variados grupos de microrganismos que agem sobre a matéria orgânica do solo, no desenvolvimento contínuo de processos de síntese e de análise de compostos orgânicos, que fazem com que o solo seja classificado como uma entidade biológica e, portanto, com características dinâmicas, e não um substrato morto com características físico e químico estáticos.
Os tipos de microrganismos são os mais variados possíveis, e a quantidade é muito elevada: com isso, a quantificação do número exato dos componentes da população microbiana de um determinado solo, em diversas condições, é quase impossível de ser feita, uma vez que encontra obstáculos nas técnicas até hoje empregadas para tal quantificação: tais técnicas, sejam aquelas em que se tem o uso do microscópio, sejam aquelas que são pautadas no desenvolvimento dos microrganismos em meio de cultura apropriado, por apresentarem um grande número de limitações, nunca dão números sequer aproximados da quantidade exata de tais microrganismos. Dão o que se considera uma ideia mais ou menos vaga de tal população. A densidade populacional pode ser estimada pelo número de células viáveis, número total de células, biomassa, taxa de crescimento e distribuição, taxa de manutenção, tempo de geração de toda comunidade ou de organismos específicos do solo.
Apesar dessas limitações impostas pelas técnicas de exame, sabe-se que a população microbiana é flutuante e, num mesmo local, varia bastante, na dependência do meio ambiente: temperatura, umidade, concentração de nutrientes, teor, tipo, composição e idade da matéria orgânica, além de outros fatores.
Para se estudar o crescimento de um microrganismo é preciso cultivá-lo, como cultura