RELAT RIO DO MUSEU DE ARTE MODERNA DA BAHIA
O Museu de Arte Moderna da Bahia é um dos principais cartões postais da cidade de Salvador. Localizado no Solar do Unhão, ao pé de uma ladeira íngreme de pedras irregulares, o MAM-BA é circundado por mangueiras imponentes e banhado pela Baía de Todos os Santos. Como um dos mais importantes espaços para a arte na Bahia e no Nordeste, possui um público de mais de 200 mil pessoas por ano, que podem visitar suas salas expositivas, além do Parque das Esculturas, uma galeria ao ar livre, da Sala Rubem Valentim, dedicada às obras do artista baiano, e do Cinema do MAM, utilizado para a realização de palestras, workshops e atividades educativas. O surgimento do museu não está relacionado apenas à arquiteta italiana Lina Bo Bardi. No início de 1959, o crítico e diretor do Museu do Estado José Valadares incentivou a formação de uma comissão para tratar da criação do MAM-BA. A ideia nasceu de um encontro entre Valadares e Wilson Lins, Secretário de Educação e Cultura do Estado. Fizeram parte desse grupo, que se reunia semanalmente: Carlos Bastos, Clarival Valladares, Diógenes Rebouças, Godofredo Fo, Mário Cravo Júnior e Walter da Silveira. Em seguida, Lina foi convidada para ser a diretora da instituição. O Solar do Unhão, patrimônio do século XVII de Gabriel Soares que abriga o MAM-BA desde 1963, foi restaurado em 1959 por Lina Bo Bardi. Criado legalmente neste ano, a instituição teve sua inauguração com duas exposições no foyer do Teatro Castro Alves, sua sede provisória, em 6 de janeiro de 1960, no dia da Festa de Reis.
Para a ocasião, foi colocada uma pedra de dez toneladas em frente ao TCA, por sugestão de Mário Cravo, e, na entrada, uma mostra de vegetais e minerais da Bolsa de Mercadorias da Bahia. Ao entrar, os visitantes se deparavam com cortinas delimitando as salas, que continham as 20 estatuetas de As bailarinas, de Edgar Degas, e as 31 pinturas de Antônio Bandeira.
O acervo inicial do MAM-BA contou com obras de