Relacionando "Trabalho e Capital Monopolista" e "Tempos Modernos"
Adendo: É necessário destacar do filme “Tempos Modernos”, a primeira parte desse, onde o cenário principal é a vida na indústria do século 19, mais especificamente, a cena onde é apresentada a suposta máquina de alimentação automática dos funcionários, e os acontecimentos na esteira de produção. Há diversas relações entre as tais partes do filme, e o “Trabalho e Capital Monopolista” que merecem ser destacadas. Baseando-se no capítulo 7 do texto, onde se ressalta que o avanço da ciência está diretamente atrelado ao avanço tecnológico industrial, por vezes, até mesmo salientando que o primeiro está subordinado ao segundo. Como pode-se ver no filme, a máquina, antes citada, é apresentada aos donos da fábrica, porém durante a apresentação começa a apresentar diversos problemas técnicos. A cena mostra, de maneira irônica, o que era a provável realidade do avanço tecnológico da época, pois como o conceito de progresso planejado, que vigora hoje em dia, não era a realidade da época, o avanço técnológico se dava muitas vezes pelo método de observação empírica dos métodos em execução. Isso embasa o argumento do texto que diz “no mais das vezes formulou suas generalizações lado a lado com o desenvolvimento técnológico ou em conseguência dele”. Assim, a ciência nao necessariamente foi a responsável pelo avanço das indústrias, mas muito pelo contrário, o método de tentiva e erro é que muitas vezes estava por trás de qualquer conhecimento adquirido que, posteriormente, pôde ser absorvido pela ciência. Partindo para o capítulo 8, em sua primeira parte é levantada a mudança na organização do trabalho. Tal mudança se deu na passagem do artesão manufatureiro, para a organização indústrial de divisão entre gerente e operário. Essa nova organização é evidente no filme, o cenário da fábrica todo se baseia nesse conceito, mostrando