Rela o entre os livros Antigona e O principe.
Introdução
Na obra O Príncipe escrita por Nicolau Maquiavel e dedicada a Lorenzo de Médici, cuja família governava a cidade de Florença, na Itália. É apresentado um manual com conselhos e recomendações sobre como um líder pode conquistar e principalmente manter-se no poder. A partir dessas recomendações serão analisados neste artigo alguns fatos da tragédia grega Antígona de Sófocles, que trata do conflito entre Antígona e o rei Creonte a respeito do sepultamento de Polinices com o objetivo de verificar a conduta dos personagens segundo a visão de Maquiavel sobre as qualidades que um bom líder deve possuir.
Desenvolvimento
Após um diálogo com sua irmã Ismênia, Antígona realiza ritos fúnebres ao irmão, contrariando o édito de Creonte que havia proibido, sob pena de morte para os desobedientes, o sepultamento do cadáver de Polinices considerado inimigo de Tebas. Quando levada até Creonte e questionada por ele por que tinha infringido a sua autoridade, ela justifica seu ato com base nas leis divinas:
Sim, porque não foi Júpiter que a promulgou; e a Justiça, a deusa que habita com as divindades subterrâneas, jamais estabeleceu tal decreto entre os humanos; nem eu creio que teu édito tenha força bastante para conferir a um mortal o poder de infringir as leis divinas, [...] Tais decretos, eu, que não temo o poder de homem algum, posso violar sem que por isso me venham punir os deuses![...]. (SÓFOCLES, 2005, p. 31-32).
Creonte contrário a essa ideia de Antígona responde:
[...] Esta criatura agiu temerariamente, desobedecendo as leis em vigor; e, para agravar, com uma segunda ofensa, a primeira, acaba de se gloriar do ato que praticou. Eu não seria mais um homem, e ela é que me substituiria, se esta atitude que assumiu ficasse impune. [...]. (SÓFOCLES, 2005, p. 32).
Segundo Maquiavel um príncipe que governa um principado onde