Regras
(2002), intensificou-se o debate sobre a escolha de regimes cambiais e monetários em economias emergentes. Alguns especialistas, como Goldstein (1999), argúem que essas economias deveriam abandonar regimes de câmbio fixo ou de bandas cambiais e adotar um câmbio mais flexível. Calvo (2000) e Hausmann (1999), em contraste, propõem a dolarização como o regime mais adequado para alguns emergentes.
O objetivo dessa monografia é o de estudar e comparar o desempenho de regras de política monetária selecionadas no contexto de pequenas economias abertas. O foco em pequenas economias abertas justifica-se porque estamos particularmente interessados em prover subsídios para a escolha do melhor regime monetário e cambial em economias emergentes, como o Brasil. Economias emergentes são economias abertas, porque mantêm fluxos comerciais e financeiros com o resto do mundo, mas são pequenas, no sentido de que mudanças nos caminhos de equilíbrio de suas principais variáveis macroeconômicas
(inflação, hiato do produto, taxa de juros nominal, taxa de câmbio real) não têm efeitos significativos nos caminhos de equilíbrio das variáveis correspondentes no resto do mundo. A literatura disponível sobre a avaliação de regras de política monetária em economias abertas ainda apresenta diversas lacunas. Por exemplo, não é de nosso conhecimento nenhuma tentativa anterior de identificar e ordenar regras de política ótimas em economias abertas com base em algum critério de bem-estar. Em vez disso, os estudos disponíveis limitam-se a comparar os desempenhos de regras simples usando parâmetros calibrados.1 Neste trabalho, em contraste, vamos usar simulações numéricas para calcular 1 Ver, p. ex., Monacelli (1999a, 1999b), Svensson (2000), Benigno e Benigno (2000),