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É sempre muito triste ouvir um adolescente dizer “eu odeio ler”. Atualmente, essa frase tem se tornado cada vez mais presente entre os jovens do país. Pesquisa realizada pelo Ibope aponta que apenas 15% dos brasileiros entre 13 e 17 anos têm a leitura como um hábito, como prazer.
Muito disso se deve ao fato de nunca terem nenhum apoio, nenhum incentivo para pegarem um livro, uma revista em quadrinho, ou qualquer material informativo e lerem.
É comprovado que as pessoas que leem com frequência têm maior facilidade para escreverem, para se comunicarem, para interpretarem. A geração internet nunca nem ouviu falar em clássicos da literatura, pois simplesmente não têm o interesse em pesquisar sobre. Essa é a geração que escreve naum em redações ao invés de não, que não sabe a diferença entre mas e mais, entre outro absurdos que vemos na web.
Isso não quer dizer que sejamos contra a internet, pelo contrário, a vemos como uma ferramenta extremamente necessária, mas há que se ter limites. É gostoso e educativo jogar videogame, ver filmes, conversar com amigos, mas é necessário dedicar um tempinho para a leitura.
O despertar do prazer pela leitura é o principal objetivo de Feira Iratiense Estudantil do Livro, a FIEL. O resultado foi positivo. Pudemos ver centenas de crianças atentas às palestras, as histórias e aos livros nesta edição da Feira. São elas que precisam ser atingidas por esse amor ao livro, à revista em quadrinho, à leitura.
Um país de leitores não aceita facilmente o que passamos hoje como a miséria (econômica, social e mental), corrupção, intolerância, entre outros absurdos que observamos no Brasil atualmente.
Queria um dia contradizer Carlos Drummond de Andrade em sua afirmação que “A leitura é uma fonte inesgotável de prazer mas por incrível que pareça, a quase totalidade, não sente esta sede”.
Publicado na edição 672, 22 de maio de 2013.
30/08/2013 - 03h00
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