Regiões
CONSIDERAÇÕES INICIAIS O presente texto traz contribuições para refletirmos sobre os diversos contextos e significações do conceito região. O que se pode afirmar que “não há” um conceito pronto e acabado sobre região, e sim vários desdobramentos atrelados às abordagens, passando pelas correntes da Geografia Clássica, Nova Geografia, das Críticas Radical Marxista e Humanísticas e, por fim, a uma Geografia dita Pós Moderna. Todas as facetas relacionadas à região esmeram-se na análise da sua história, sofrendo abalos e rupturas ao longo da evolução, cujos reflexos provêm da modernidade e da pós-modernidade. Buscando atender a sociedade e o Estado, vários autores contribuíram para o estudo regional e para a geografia, todas as propostas deram a sua parcela contributiva, porém não se pode afirmar uma leitura real sobre a categoria “região” na contemporaneidade. Discutiremos assim a relevância das questões e contribuições regionais decorridas; alguns dos fundamentos pelos quais se produz a diversidade territorial, base para qualquer proposta de regionalização, e as principais polêmicas em torno de uma redefinição do conceito de região.
A GEOGRAFIA CLÁSSICA E A REGIÃO As correntes do pensamento geográfico deram inicio a partir dos meados do século XIX, com os geógrafos Humboldt e Ritter. Logo, surgiram as duas primeiras escolas de Geografia na Alemanha e na França, elas representariam os planos da sociedade burguesa, o conhecimento de novas terras e a aquisição de matéria-prima para a indústria que estava em expansão. Era necessário haver uma ciência que levasse os estudiosos a conhecer, cartografar e conquistar outros territórios, assim como constituir e afirmar um sentimento de nacionalidade.