REGIAO SUL NO SECULO XX
A Região Sul do Brasil, ao contrário do Nordeste e do Sudeste, esteve muito tempo fora do alcance dos interesses de Portugal em virtude de fatores diversos entre os quais a posição geográfica no litoral das terras lusitanas no continente americano, posição que a tornava distante das células iniciais da colonização e, portanto, afastada do eixo econômico estabelecido entre o Brasil e a Metrópole. Processou-se o desenvolvimento do Brasil nordeste com base na indústria açucareira e na mineração, mas o sul, embora em parte já desbravado, chegou ao século XX, praticamente povoado.
Do povoamento que se processou até a metade do século XIX resultou em uma ocupação pouco expressiva constituída por uma população rural muito rarefeita. Esta população tinha como principais atividades econômicas a criação de gado nos campos, o cultivo da cana-de-açúcar em certos pontos da faixa costeira, extrativismo vegetal de erva-mate e incipientes culturas temporárias nas orlas florestais. Era, ainda, um povoamento inicial. Foi a partir do século XIX e principalmente nos últimos 50 anos, em pleno século XX, que a ocupação humana evoluiu em marcha acelerada da qual sobreveio à ocupação permanente de toda a região.
No século XX ocorreu a imigração impacta para o Paraná e Santa Catarina e desde então o Sul passa a ter a segunda economia do país, superando o Nordeste.
Em Santa Catarina ocorreu a entrada de imigrantes alemães e italianos no século XIX, enquanto que no século XX a imigração foi mista, composta de elementos nacionais e descendentes de colonos italianos do Rio Grande do Sul. Os alemães se concentraram no Vale do Itajaí, fundando cidades como Joinville, Blumenau e Brusque, enquanto os italianos se fixaram na região do Vale do Tubarão, fundando cidades como Criciúma, Urussanga e Siderópolis.
No Paraná, ocorreram durante o século XIX imigrações de alemães, eslavos ucranianos e polacos. Italianos e holandeses também migraram para a região, mas em menor