Reflexão – Filosofia da Tecnologia Cap 1– Alberto Cupani
O capítulo 1 do Livro “Filosofia e Tecnologia” de Alberto Cupani começa com o seguinte questionamento filosófico sobre a tecnologia “De modo geral, é melhor ou pior a vida numa sociedade tecnológica? O que se ganha em eficiência, velocidade, produtividade, novidade não se perde acaso em espontaneidade, serenidade, qualidade, tradição?”. A tecnologia está impregnada em nossas vidas 24 horas por dia e disso não temos dúvidas. Hoje a maior parte dos objetos que utilizamos e que consumimos é resultante de atividades tecnológicas. A nossa preferência por dispositivos e modos de agir eficientes e rápidos, a nossa inclinação a economizar tempo e esforço, a busca pelo conforto, a nossa frequente preocupação em controlar o futuro e a crescente propensão a nos programarmos para fazer algo, indicam que adotamos uma atitude tecnológica. Mas, ao mesmo tempo a tecnologia nos trás várias dúvidas, como as relacionadas à clonagem, à energia nuclear e ao controle e manipulação que os recursos tecnológicos exercem em nossas vidas. A segunda parte do capítulo apresenta as dimensões da tecnologia segundo Mitcham, que são elas: tecnologia como forma de objetos, que são artefatos cuja função depende de uma materialidade específica, como exemplos podem citar: roupas, utensílios, estruturas, máquinas, comidas, remédios, motor de combustão interna. A segunda é a tecnologia como forma especifica de conhecimento, relacionada à aplicação da mesma. A terceira forma é a especifica de atividade humana, que é a junção do conhecimento com a volição para criar artefatos ou usá-los; Mitcham cita alguns tipos: adquirir uma habilidade, inventar, projetar, manufaturar, trabalhar, operar e manter. Algumas vinculadas à produção e outras à processos e que podem se diferenciar por sua função técnica, seu proposito ou sua utilização efetiva. A quarta e ultima forma é a tecnologia como volição, que é a atitude ou