Reflexão acerca da vida de john wesley
Introdução
Muito já se falou sobre o Dia do Coração Aquecido, recordando o dia 24 de maio de 1738, quando João Wesley passou por uma experiência religiosa singular em sua vida. Mas, como interpretar esse acontecimento? O que ele significou para João Wesley? Mais ainda, como a teologia wesleyana se utiliza do termo experiência religiosa? Os metodistas brasileiros tem se utilizado do referencial teológico de Wesley ou de outros referenciais para fundamentar sua “teologia da experiência”? Neste trabalho, na ciência que o tema não pode ser exaurido em algumas páginas, buscamos subsídios para reflexões críticas sobre a vivência religiosa dos metodistas na atualidade. A importância da experiência para espiritualidade
No seu livro A Nova Criação, Theodore Runyon dedicou o quinto capítulo para um estudo especial da experiência religiosa, segundo a teologia de João Wesley. Ele dá início ao quinto capítulo com o seguinte parágrafo:
... atualmente o apelo à experiência religiosa faz tremer muitos teólogos. Em reação aos excessos da preocupação com a experiência no século XIX, boa parte da teologia do século XX procurou evitar o termo porque sua associação com os sentimentos objetivos tornou-se o calcanhar de Aquiles de qualquer tentativa de discutir a realidade de Deus. Não é a experiência religiosa definida inevitavelmente como individual, particulare não-verificável? Os teólogos se voltaram, então, para fontes mais objetivas e públicas de conhecimento religioso, tais como as Escrituras Sagradas ou doutrinas históricas, para discutir a verdade religiosa.(Runyon, p.185.)
Esta preocupação revelada por Runyon cabe perfeitamente no contexto brasileiro, que fora influenciado pelos movimentos de avivamento religioso oriundos dos EUA. Para os avivalistas, a experiência religiosa deve acontecer como negação ao pensamento racional científico, defendendo uma espiritualidade emocionalista e firmada em momentos