Balés Mecânicos- investigando a performance
Conceitos
Performance não é teatro, embora haja elementos cênicos e uma certa teatralidade. ( como aponta Rosalind Krauss “teatralidade é um termo de sentido amplo, que se pode vincular tanto a arte cinética como à arte de luzes, e à escultura ambiental e aos quadros vivos,além dos quadros vivos, além de às artes performáticas mais explícitas como os happenings ou os acessório cênicos- contruídos por Robert Rauchenberg para as coreografias de Mercê Cunningham.”
Renato Cohen afirma em seu livro Performance como linguagem afirma que “um quadro sendo exibido não é uma performance, mas um quadro sendo pintado ao vivo, no momento, já poderia ser considerado uma performance.” Ele fala que para caracterizar uma performance, algo precisa estar acontecendo naquele instante, naquele local. Nesse sentido, a exibição pura e simples de um vídeo, por exemplo, que foi pré-gravado, não caracteriza uma performance, a menos que este vídeo esteja contextualizado dentro de uma seqüência maior, funcionando como uma instalação, ou seja, sendo exibido concomitantemente com alguma atuação ao vivo. (ele põe a pensar que a performance seria uma linguagem bem próxima ao teatro, tendo o tempo e espaço como elementos constituintes.) Artista, obra, público são elementos estéticos da performance. O quarto elemento estético é o tempo. A performance artística se dá no tempo, sua efemeridade é condição. Os registros permanecerão registros, e, por permanecerem, estarão semi-mortos, ainda que capazes de leves ressonâncias. Os registros são apenas obscuro reflexo, eco ensurdecido de um prazer para sempre estancado.Maria Beatriz de Medeiros (2005, p.165) A performance é uma experiência que para mim, temporalmente reflete o exato momento, a vivência de estar experimentando algo pela primeira vez, com um resultado imediato, e bem efêmero, no sentido de que mesmo depois de se reexibir uma performance, os sentimentos despertados já não são os