Referencias
A heroína surgiu em 1898 pelas mãos dos laboratórios da Bayer com o intuito de substituir a morfina, um alcalóide natural do ópio que deprime o sistema nervoso central. Esta, foi amplamente utilizada na guerra civil americana para tratar os feridos devido às suas propriedades analgésicas. No final do conflito cerca de 45 mil veteranos encontravam-se viciados em morfina. No entanto, apesar da certeza que a droga era altamente perigosa e causadora de dependência, esta continuou a ser usada nos EUA (para o tratamento de diversas patologias) aumentando assim o número de viciados. Surgiu então, a necessidade de procurar um substituto seguro para a morfina.
Na Alemanha surge o que se pensou ser na época o substituto ideal: a diacetilmorfina, uma substância três vezes mais potentes que a morfina.
Após a administração desta droga em dependentes da morfina comprovou-se que a droga aliviava os sintomas de abstinência dos tóxico dependentes. Durante cerca de doze anos acreditou-se que a heroína poderia substituir, segura e eficazmente, a morfina.
A heroína passou a ser utilizada como remédio para a cura do alcoolismo, além do seu uso nas doenças anteriormente "tratadas" pela morfina. Por ironia, ficou provado que a heroína é ainda mais viciados do que a morfina, podendo criar dependência em apenas algumas semanas de uso.
Em 1912, os Estados Unidos assinaram um tratado internacional visando acabar com o comércio de ópio no mundo inteiro. Dois anos mais tarde, o Congresso norte-americano aprovou uma lei que restringiu o uso de opiáceos, e, na mesma década, criou mecanismos judiciais que tornavam a heroína ilegal.
Isso levou a uma situação peculiar: antes de 1914, muitas pessoas tornaram-se viciadas em heroína, consumindo a droga como remédio. A partir desta data os dependentes foram transformados em marginais que para obter a droga com o intuito de aliviar os sintomas de abstinência tinham de recorrer ao mercado negro.
Da mesma forma