REFERENCIAS METAFÍSICA, CIENTÍFICA E DIALÉTICA
PESQUISA DE AUTORES E SUAS PERSPECTIVAS
Perspectiva Essencialista
Aristóteles (384-322 a.C.)
O termo "Metafísica" não é aristotélico; o que hoje chamamos de metafísica era chamado por Aristóteles de filosofia primeira. Esta é a ciência que se ocupa com realidades que estão além das realidades físicas que possuem fácil e imediata apreensão sensorial.
O conceito de metafísica em Aristóteles é extremamente complexo e não há uma definição única. O filósofo deu quatro definições para metafísica: suprassensível, ou seja, que excede o que é percebido através da materialidade e da experiência sensível. a ciência que indaga e reflete acerca dos princípios e primeiras causas; a ciência que indaga o ente enquanto aquilo que o constitui, enquanto o ser do ente; a ciência que investiga as substâncias; a ciência que investiga a substância supra-sensível, ou seja, que excede o que é percebido através da materialidade e da experiência sensível.
Os conceitos de ato e potência, matéria e forma, substância e acidente possuem especial importância na metafísica aristotélica.
A metafísica transcende os conhecimentos de ordem meramente pragmático-utilitária, pois consiste na busca desinteressada pelo saber universal e necessário do ser, é uma ciência contemplativa do ser. Conforme Aristóteles, “onde há fins distintos das ações, tais fins são, por natureza, mais excelentes do que as últimas”.
Essa ciência do ser dirige-se, portanto, à realidade em sua totalidade, caracterizando-se assim por sua universalidade. Não somente um aspecto regional ou particular, mas o ser em sua totalidade é o objeto de estudo da ciência metafísica. A teoria filosófica do essencialismo, uma das grandes contribuições de Aristóteles para a metafísica, acomoda intuições como estas distinguindo as propriedades acidentais das essenciais — aquelas que as coisas exemplificam